NACAB - Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens

Poluição por petróleo cru espalha-se na região Nordeste

[vc_row row_height_percent=”0″ overlay_alpha=”50″ gutter_size=”3″ column_width_percent=”75″ shift_y=”0″ z_index=”0″][vc_column][vc_column_text]Desde o dia 30 de agosto o Brasil vem enfrentando mais um desastre ambiental de proporções catastróficas, outro evento em uma cadeia de acontecimentos que tornam o equilíbrio ambiental do país cada vez mais frágil.

Tudo começou quando manchas de óleo foram avistadas na Paraíba. Embora o Ibama tenha inicialmente divulgado o dia 02 de setembro como o marco inicial dos avistamento de óleo, hoje sabe-se que os primeiros vestígios apareceram ainda em agosto. No dia 02 de outubro o óleo chegou ao estado da Bahia, se alastrando cada vez mais ao longo do oceano Atlântico.

Atualmente, 45 dias desde que o acontecimento veio a público, já são mais de 2100 km de costa atingidas pelas manchas de petróleo cru.  Em todos os estados as manchas apresentam as mesmas características, são densas e viscosas, com coloração preta e capazes de boiar na água.  Até o dia 12 de outubro dados do Ibama haviam confirmado a presença do óleo em 42 municípios espalhados em 9 estados da região Nordeste. Desde então, já pereceram diante este desastre um golfinho e 13 tartarugas, isto animais que aportaram, ainda não se sabe a extensão real do dano à vida marinha.  

Áreas atingidas pelo óleo. Fonte: Ibama.


De onde veio o óleo?


Há controvérsias sobre a origem do petróleo cru que assola as praias e biodiversidade brasileiras. Segundo representantes do governo afirmam, um laudo emitido pela Marinha Brasileira e pela Petrobras, que não veio a público, estabeleceu o perfil químico do óleo como similar ao do petróleo produzido na Venezuela. 

Barris contendo o logotipo da petrolífera Royal Dutch Shell foram encontrados no litoral do Sergipe, e um laudo emitido pela Universidade Federal do Sergipe constatou que o material dentro dos barris era o mesmo que contaminava a costa. A Shell pronunciou-se, contudo, esclarecendo que provavelmente trata-se de um reaproveitamento de barris, já que estes eram utilizados para transportar lubrificante, não petróleo. 

Outra hipótese para a origem do óleo pode ser a de um cargueiro que transportava ilegalmente o conteúdo, os chamados “navio fantasma”. O contrabando de petróleo, assim como de qualquer mercadoria, pode se dar por inúmeras razões, sendo o embargo econômico estadunidense à Venezuela um motivo plausível. 

Segundo Roberto Castello Branco, atual presidente da Petrobrás, já foram contabilizadas mais de cento e trinta e três toneladas, pouco mais de 500 barris, inviabilizando a hipótese de se tratar de uma lavagem de tanque ou algo corriqueiro. A Polícia Federal está investigando várias abordagens, desde um erro ao despejar os barris de um navio a outro, um naufrágio ou a contaminação criminosa e proposital. Nenhuma conclusão veio a público ainda.


Fontes: 

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/10/governo-quer-que-a-shell-explique-aparecimento-de-barris-no-litoral-nordestino.shtml
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/10/10/as-pistas-que-podem-ajudar-a-desvendar-misterio-de-petroleo-que-atingiu-praias-do-nordeste.ghtml
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/09/26/manchas-de-oleo-no-nordeste-o-que-se-sabe-sobre-o-problema.ghtml
https://www.ibama.gov.br/notas
https://www.brasildefato.com.br/2019/10/10/e-impossivel-vir-direto-da-venezuela-diz-oceanografo-sobre-oleo-em-
raias-do-ne/
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